Numa madrugada encantada,
De uma voz, eu matava a saudade,
Sorrisos e lágrimas a florir,
Quando não mais que de repente,
Surge uma estrela, com um brilho amargo de dor...
Nos olhos, o desespero,
Nas mãos, a esperança apagada,
Nas palavras, a pureza da mentira,
E o pequeno encanto, de um falso brilhante...
A rosa então se transformou em arma,
Tirou-me as forças e me jogou no abismo,
Entrei num pesadelo sim fim,
Mesmo sabendo que ainda estava acordado...
Ofereci a vida pra deixarem minha alma,
Levaram meu brilho, meu sorriso,
Me colocaram na cabeça a certeza de um ‘descanso’, da morte,
E deixaram um vazio, em meu coração...
O que poderia ter sido um beijo,
Foi uma leve mordida,
Tão cruel quanto a perda...
Fechei os olhos e entreguei-me a sorte,
de ainda esta vivo...
Meu sangue congelou,
Um silêncio ceifou minha fala,
Minha carne perecia queimar em brasas,
Mas, a calma da poesia tomou conta de mim...
Rodaram, correram, voaram,
Levaram minha música,
Minhas canções ficaram sem melodia,
E eles apenas sorriram, sim,
Apenas sorriram,
de minhas secas lágrimas...
Levaram meus amores,
Minha paz, minhas dores,
Traçaram-me no quarto escuro da solidão...
O vento parou,
os pássaros se calaram,
o silencio se fez presente...
Eles partiram, foram para as estrelas,
sem dizer adeus...
Belém-Pará, dia 02 de dezembro de 2009.
Andrew Aramis de Castro Rodrigues
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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