terça-feira, 30 de março de 2010

Orquestra Sem Voz

Meu coração carrega as cordas de um violão encantado,
Minha cabeça, um piano de calda velho,
Afinados por sentimentos de solidão,
amores e saudades...
Meu corpo caminha como um orquestra a tocar pro vento,
a tocar pro nada...

Minhas mãos cantam uma ópera tosca,
Em cada dedo um drama, uma lágrima,
Meus pés caminham para um palco onde
só as luzes da ribalta estão na platéia,
e apagendo-se uma a uma,
aplaudem meu olhar de palhaço...

Ouço risos e não entendo o porque de tanta tristeza,
Ouço lírios a cantar e não entendo o porque
de tantos gritos de desespero,
Vejo uma criança feliz e, logo, um homem a chorar,
Então entendo o quanto a vida nos faz sofrer...

Meu coração carrega as cordas de um violão encantado,
Minha cabeça, um piano de calda velho,
Afinados por sentimentos de solidão,
amores e saudades...
Meu corpo caminha como um orquestra a tocar pro vento,
a tocar pro nada...

Belém-Pará, dia 30 de março de 2010.

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